Vilanismo
Guarda-Corpo

Inauguração
8 de novembro, 2025
15h-18h

8 de novembro, 2025 –
17 de janeiro, 2026

Zielinsky São Paulo

 

A irmandade Vilanismo inaugura a mostra Guarda-Corpo na galeria Zielinsky, em São Paulo, no próximo dia 8 de novembro. A exposição é realizada paralelamente à participação do coletivo na 36ª Bienal de São Paulo e é acompanhada de texto crítico da professora, historiadora africanista e curadora Vanicleia Silva-Santos.

Guarda-Corpo propõe uma reflexão crítica sobre as formas de proteção, cuidado e vigilância que marcam os corpos negros favelizados nas cidades. Cada Vilão —como eles se chamam— apresenta uma linguagem própria em seu trabalho e o resultado é um conjunto que combina saberes ancestrais, práticas rituais, referências contemporâneas e novas epistemologias.

O título da exposição faz alusão tanto ao dispositivo de segurança da construção civil quanto aos espaços onde corpos negros são contidos no dia a dia — e, ao mesmo tempo, às práticas coletivas do grupo, que funcionam como gestos de cuidado e proteção, afirmando a complexidade e a humanidade das pessoas pretas e periféricas.

Com isso, o coletivo traça um diálogo com a instalação Os meninos não sei que juras fraternas fizeram (2025), em cartaz na 36ª Bienal da São Paulo, que explora a ideia de espaço de trabalho, direito à terra e de conspiração. Ao expandir a conversa para o espaço da Zielinsky, o Vilanismo continua a abordar a negação histórica do direito à terra para a população negra no Brasil — e o sonho da irmandade de ter uma sede própria.

________

Sobre o Vilanismo:
O Vilanismo é uma irmandade de artistas negros das várias periferias paulistanas formada no final de 2021 com o propósito de desafiar o sistema ocidental das artes visuais. Suas ações envolvem performance, oficinas, vídeo, instalação e escrita, realizadas em espaços públicos e instituições culturais. Seu trabalho tensiona fronteiras entre raça, gênero e classe, propondo uma arte feita de encontro, cuidado e resistência que atravessa arte, sociologia e ativismo. Atualmente, o coletivo é formado por Carinhoso, Daniel Ramos, Denis Moreira, Diego Crux, Guto Oca, Rafa Black, Ramo, Renan Teles, Robson Marques e Rodrigo Zaim. 

As ações, exposições e curadorias realizadas pelo grupo incluem: leitura de contra manifesto em evento que marcou 30 anos do massacre do Carandiru (2022), Cubo Preto, no Sesc Pompeia (2023), A Regra e a Exceção, no Ateliê 397 (2023), Afeto, na Diáspora Galeria (2023), Quando eles chegam em casa eu fico feliz, na galeria Luis Maluf (2023), Chora Agora e Ri Depois na Funarte (2023 e 2024), Cortejo Negro no Instituto Moreiras Salles (2024), Ser Feliz é a Nossa Revolução no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo (2024), Nas Horas Vagas no Edifício Tebas/VAI (2025). Atualmente, a irmandade está em cartaz na 36ª Bienal de São Paulo com a instalação Os meninos não sei que juras fraternas fizeram.

Vilanismo
Guarda-Corpo

Opening
November 8, 2025
3-6pm

November 8, 2025 –
January 17, 2026

Zielinsky São Paulo

 

The Vilanismo brotherhood inaugurates the exhibition Guarda-Corpo at the Zielinsky in São Paulo on November 8. The show runs parallel to the collective’s participation in the 36th São Paulo Biennial and is accompanied by a critical essay written by professor, Africanist historian, and curator Vanicleia Silva-Santos.

Guarda-Corpo proposes a critical reflection on the forms of protection, care, and surveillance that shape the lives of Black bodies in the favelas and urban peripheries. Each Vilão –as the members call themselves–presents a unique artistic language, resulting in a body of work that combines ancestral knowledge, ritual practices, contemporary references, and new epistemologies.

The title of the exhibition alludes both to the safety device used in construction and to the spaces where Black bodies are contained in everyday life –and, at the same time, to the group’s collective practices, which operate as gestures of care and protection, affirming the complexity and humanity of Black and peripheral people.

In doing so, the collective establishes a dialogue with their installation Os meninos não sei que juras fraternas fizeram (2025), currently on view at the 36th São Paulo Biennial. That work explores ideas of workspace, land rights, and conspiracy. By expanding the conversation into the Zielinsky space, Vilanismo continues to address the historical denial of land rights to Black populations in Brazil –and the brotherhood’s dream of having a place of their own.

________

About Vilanismo:
Vilanismo is a brotherhood of Black artists from various peripheral neighborhoods of São Paulo, formed in late 2021 with the purpose of challenging the Western visual arts system. Their practice encompasses performance, workshops, video, installation, and writing, taking place both in public spaces and cultural institutions. Their work confronts the intersections of race, gender, and class, proposing an art grounded in encounter, care, and resistance –one that moves fluidly between art, sociology, and activism. The collective is currently composed of Carinhoso, Daniel Ramos, Denis Moreira, Diego Crux, Guto Oca, Rafa Black, Ramo, Renan Teles, Robson Marques, and Rodrigo Zaim.

Vilanismo’s actions, exhibitions, and curatorial projects include: Reading of the Counter-Manifesto at the event marking 30 years of the Carandiru Massacre (2022); Cubo Preto at Sesc Pompeia (2023); A Regra e a Exceção at Ateliê 397 (2023); Afeto at Diáspora Galeria (2023); Quando eles chegam em casa eu fico feliz at Galeria Luis Maluf (2023); Chora Agora and Ri Depois at Funarte (2023 and 2024); Cortejo Negro at Instituto Moreira Salles (2024); Ser Feliz é a Nossa Revolução at Museu Afro Brasil Emanoel Araujo (2024); and Nas Horas Vagas at Edifício Tebas/VAI (2025). The brotherhood is currently featured in the 36th São Paulo Biennial with the installation Os meninos não sei que juras fraternas fizeram.